Artigo

Infâncias selvagens na cidade. O Departamento de Cultura de São Paulo-SP, Brasil 1935-1938

Igor Gonçalves Queiroz

2023


Crítica Urbana – Revista de Estudios Urbanos y Territoriales, Galicia-España, 2023

ISSN ISSN 2605-3276

Através de práticas rebeldes e desestruturadoras da ordem urbana, as crianças, constantemente associadas a seres estranhos ou selvagens na cidade, são observadas pelos fotógrafos, educadores, arquitetos e urbanistas e, como um enigma, desviam o seu olhar e também nos observam.

Na cidade de São Paulo dos anos 1930, pretendeu-se a construção de um ideário moderno brasileiro, baseado na manutenção de uma noção moderna, adulta e europeia de infância [do latim, in, ‘não’, e fans, fantis, do verbo fari, ‘falar’, ‘ter a faculdade da fala’. infans, infantis, ‘que não fala’], observada no projeto do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, chefiado pelo escritor modernista Mário de Andrade. É o debate entre esta narrativa urbana, relacionado a outras possibilidades de infâncias ou outros modos de ser criança no Brasil, que nos possibilita questionar e experimentar outros modos de pensar, fazer e narrar histórias dos modernismos e da modernização das cidades brasileiras. A criança, como possível construtor de articulações entre distintos saberes, discursos e práticas heterogêneas, ajuda-nos a romper barreiras, sobretudo em formas já cristalizadas da construção historiográfica das nossas cidades.


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