Artigo

Desvios e Limiares: o ensino de urbanismo e projeto urbano como campo de experimentação

Paola Berenstein Jacques e Thaís Troncon Rosa

2017

Apesar das inúmeras críticas ao funcionalismo e racionalismo exacerbados do urbanismo moderno, as bases metodológicas modernas sobre as quais se consolidou o campo disciplinar do urbanismo ainda não foram plenamente questionadas. De fato, em boa parte dos cursos de graduação em arquitetura e urbanismo no Brasil, essas bases, herdadas do século XIX, continuam operantes e parecem não ter sido ainda suficientemente problematizadas. A vertente moderna mais purista, positivista, funcionalista, teleológica, que segue uma determinada ideia de progresso técnico, inelutável, que exacerbou as noções de ordenamento e controle, se tornou hegemônica no campo do urbanismo. No entanto, uma outra vertente, também moderna, faz críticas aos excessos do funcionalismo, suas simplificações, ao próprio urbanismo como disciplina científica que buscava sobretudo controlar, ordenar e, assim, também limitar, a complexidade da experiência urbana. Nossa proposta é retomarmos a essas pertinentes críticas para assim pensar o urbanismo e, sobretudo o seu ensino (ateliê de projeto) como um campo expandido ou ampliado de experimentação, a partir de uma série de outras experiências metodológicas menos positivistas, simplificadoras ou homogeneizantes, que possam tentar abarcar a multiplicidade, heterogeneidade e complexidade das cidades contemporâneas.


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