TFG
CORPOEXPERIÊNCIA // a estranheza na cidade enquanto possibilitadora da criação de espaços outros
Júlia Dominguez da Silva
2022-2023
O planejamento urbano nos espaços públicos tem se entrecruzado a largas passadas com o setor privado nas cidades contemporâneas. A hipertrofia da esfera privada (TEIXEIRA, 2014) tem, cada vez mais, avançado em direção da captura da esfera pública, acirrando os processos de segregação e fragmentação sócio espacial (TEIXEIRA, 2014). Em tentativa de nos aproximarmos de uma ação crítica nos espaços públicos, nos unimos à errância, manifestação no espaço urbano que tensiona, vai de encontro, profana o uso ao qual foi planejado (JACQUES, 2014). Este trabalho possui em uma de suas camadas a composição de um corpo outro, o corpoexperiência, que evocará o corpo estranho, sendo desenhado em espaço público como proposição movimentadora dos espaços e existências.
Aqui, o erro e o estranho são nossos aliados.
Defendemos então, que a experiência urbana no espaço público em diálogo com diversos saberes, tendo a intencionalidade enquanto característica, possui caráter propositivo/projetual ao reconhecermos a coimplicação entre o corpo e a cidade a partir da noção de Corpografia Urbana, desenvolvida por Britto e Jacques desde 2008, sendo este, um trabalho reflexivo sobre cidades, corpos e experiência urbana, nos levando ao encontro de um urbanismo incorporado.
Referências
JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos Errantes – 2. ed. – Salvador: EDUFBA, 2014.
JACQUES, Paola Berenstein. Corpografias Urbanas. RE[DOBRA], Salvador, n. 1, vol. 4, 2008.
TEIXEIRA, Marina Coêlho. AO (DES)AFETO DO PÚBLICO: a perda de áreas públicas de Salvador pelo instrumento da desafetação (1979-2012). Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) FAUFBA, Salvador, 2014.
Palavras-chave: Errância. Experiência Urbana. Corpo. Estranhamento.
ORIENTADORA
Paola Berenstein Jacques
PERÍODO
2022-2023