TFG
Labirinto, brinquedo, brincadeira: o uso da cidade pela criança como crítica ao ideário moderno
Igor Gonçalves Queiroz
2015
A criança, em seu uso transversal da cidade, apresenta-se como um tema relevante ao urbanismo contemporâneo. Esta temática, apesar do crescente número de trabalhos realizados, é pouco explorada no campo do urbanismo, onde a maioria das pesquisas desenvolvidas voltam-se para a questão projetual, sobretudo, na tentativa de inserir a criança em decisões de projetos ditos participativos. A pesquisa deste Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo aborda e considera a presença da criança na cidade – e no urbanismo – como uma questão de profundo significado político e coletivo, tomando-a como meio de aprendizado e, sobretudo, como corpo-político que, por estar na cidade, subverter os espaços projetados, cria seus próprios espaços, suas próprias histórias e seu próprio mundo. Ela é o fio condutor da pesquisa, com suas práticas de cidade como possibilidade de crítica ao urbanismo funcionalista e como potência criativa na produção de uma outra cidade, de outros modos de fazer urbanismo. Foram escolhidas três figuras de pensamento – o LABIRINTO, o BRINQUEDO e a BRINCADEIRA – que, desdobradas e postas em debate, possibilitam questioná-lo e praticá-lo, numa construção historiográfica que faça emergir as fragilidades da hegemonia do urbanismo moderno e apontem possibilidades de construção de um outro modo de fazê-lo na cidade contemporânea.
Palavras-chave: Criança. Cidade. Brincadeira. Urbanismo funcionalista.
ORIENTADORA
Thais Bhanthumchinda Portela